sexta-feira, 7 de agosto de 2009

OTOCH E PIRATA: A LUTA DO POVO CEARENSE CONTRA OS GRANDES GRUPOS ECONÔMICOS


Dia 6 de fevereiro de 2009, treze policiais militares, além de seguranças particulares do empresário Júlio Pirata (DONO DO BAR “PIRATA” NA PRAIA DE IRACEMA) agem de forma violenta contra os assentados da Comunidade Maceió em Itapipoca (Assentamento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra do Ceará). A ação tinha como objetivo expulsar várias famílias de pescadores e pequenos agricultores. Com o apoio direto e indireto do poder judiciário (seja através da concessão de liminares, seja através da ação da
força armada da segurança pública que age em favor de interesses particulares) o proprietário do Grupo Pirata, o empresário português Júlio Trindade (também conhecido como Júlio Pirata) tenta grilar terras na praia para construir um hotel numa área onde parte é área de marinha, e a outra parte é área do assentamento. Ao encontrar a resistência de moradores desta comunidade que se recusam a sair da área onde sempre moraram, o empresário se utiliza de práticas violentas para a realização do seu empreendimento.
03 de Julho de 2009, Fortaleza, às 17h, cinco policiais do Ronda do Quarteirão em estado probatório, vestidos à paisana e ARMADOS, invadem a ocupação Raízes da Praia, ameaçando e agredindo pessoas desarmadas. A ação da milícia foi frustrada com a intervenção do GATE que, ao passar pelas imediações, impediu que a agressão continuasse. Os policiais deram entrada no 2° DP , onde foi aberto o inquérito. A ocupação é organizada pelo Movimento dos Conselhos Populares – MCP, localiza-se na praia do Futuro. O terreno pertence ao Grupo OTOCH e encontrava-se abandonado a mais de vinte anos, sem cumprir qualquer tipo de função social. A ação se repete no dia 22 de Julho numa invasão às escuras. Mesmo entrando em negociações com a Prefeitura Municipal de Fortaleza, os donos do Grupo Otoch utilizam-se de métodos violentos para defender seus interesses, confiando-se na impunidade com que o Poder Público costuma tratar esses casos. Os grandes grupos econômicos voltam-se diretamente contra a vida das pequenas comunidades sempre que estas se interpõem entre os seu investimentos. Essa tendência que vemos nesses dois casos que denunciamos hoje, tende a se tornar cada vez mais intensa e mais violenta em Fortaleza.


O povo não agüenta mais!

Dizemos não as milícias armadas (de policiais e seguranças particulares) que tentam expulsar as Comunidades.

Dizemos não ao PIRATA que quer construir um hotel onde vive a Comunidade do Maceió, em Itapipoca!
O povo do Ceará luta contra a ganância dos ricos e contra a exploração!
Diga NÃO você também a violência dos grandes grupos econômicos contra o povo cearense!
Assinam a nota:

Central de Movimentos Populares – CMP
Coletivo Sonhos valem uma vida – UNIFOR
Consulta Popular
Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social – ENECOS
Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física – EXNEEF- Regional III
INTERSINDICAL
Mandato Companheiro da Nossa Gente – Vereador Ronivaldo Maia (PT)
Mandato Ecos da Cidade – Vereador João Alfredo (PSOL)
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento dos Conselhos Populares – MCP
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
Movimento Estudantil da UECE
Partido Socialismo e Liberdade – PSOL

Um comentário:

  1. Bom dia, sou estudante de Ciências Sociais de São Paulo e repudio qualquer tentativa de agressão do Estado contra as famílias do movimento MCP,a iniciativa da invasão é um exemplo de resistência contra a especulação imobiliaria que está mapeando a costa litorânea nordestina. Nos brasiliros temos que se impor contra este ato de roubo de nossas terras e de nossas garantias de cultura local.

    Fernando Ferrari de Souza
    São Paulo -SP

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