terça-feira, 8 de dezembro de 2009

POLICIA MILITAR ATACA COMUNIDADE RAÍZES DA PRAIA A SERVIÇO DA COELCE

Já com cinco meses de ocupação a comunidade Raízes da Praia tem pedido insistentemente à Prefeitura, que desapropriou o terreno, e à Coelce a solução do problema da energia elétrica. Como não há resposta e ninguém vive sem luz, a comunidade tem resolvido o problema através de ligação direta feita por próprios moradores. Tal solução não resolve o problema, pois o improviso cria situações de curto-circuito e queda de energia, queimando vários aparelhos de moradores.
Acontece que a Coelce além de não cumprir sua obrigação e resolver o problema vem fustigando a comunidade há meses, gerando conflitos. Neste domingo a violência desta empresa, que deveria pertencer ao povo, chegou ao ápice.
Por volta das 18 horas houve um curto-circuito e um grupo de moradores (cinco homens, todos pai de família) foram tentar resolver. Eis que passa um carro da Coelce que nada fez. Poucos minutos depois chegou uma viatura do RONDA DO QUARTEIRÃO. Violentamente encostaram os cinco na parede e deram busca de arma, nada encontrando. Algumas mulheres chegaram para evitar que os homens fossem agredidos. Uma delas, da comissão organizadora da comunidade, tentou se informar e foi empurrada, tratamento dispensado a outras companheiras. Os policiais queriam que elas saíssem, mas elas não deixariam os companheiros à mercê da tão conhecida violência policial. Nisso chegaram mais duas vitauras, três motos (do FAT), vários policiais muito agressivos. Como não foram atendidos na ordem de dispersão continuram os empurrões, com mais violência, e um tiro foi disparado. A coragem das mulheres contrastou com a covardia dos policiais irritando-os. Mais mulheres chegaram e os policiais partiram para agressão. Pelo menos cinco mulheres foram socadas, chutadas, inclusive quando caídas no chão e ameaçadas com pistolas e chingadas de "vagabundas", "putas" e "raparigas". Neste tempo um casal que foi assaltado a um quarteirão foi pedir ajuda, os policiais negaram pois "estavam abordadando vagabundos"; diante da violência dos policiais o casal saiu correndo com medo. As agressões só pararam quando chegou uma advogada apoiadora da comunidade.
Após a saída dos policiais, a comunidade ligou a luz novamente e ligará quantas vezes for necessária até a Coelce cumprir seu papel de concessionária de um serviço público. Quanto à PM, esperamos que o Secretário de Segurança e o Governador transformem esses jagunços fardados a serviço do Capital em policiais de verdade.
PS - Hoje a Coelce voltu à Comunidade com policiais e a luz foi novamente cortada. Certamente terão de voltar amanhã pois a noite será com luz para Raízes da Praia

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